Adesivos universais: revolução silenciosa entre cirurgiões-dentistas

 em Estética Dental

Uma das máximas em Odontologia orienta a “não ser o primeiro a usar uma nova técnica ou material, mas também não ser o último”. Afinal, o que é novo pode virar tendência ou simplesmente ser descartado. Nessa linha, os adesivos universais se consagram na prática diária dos consultórios odontológicos e se transformam numa tendência mundial.

No passado, os cirurgiões-dentistas utilizavam um adesivo específico para a dentina, adotando apenas uma entre duas estratégias recomendadas pelo fabricante – com ou sem a aplicação prévia de ácido fosfórico. Mais recentemente, eles passaram a usar novos adesivos de acordo com seu próprio julgamento ou, ainda, adotar uma aplicação desenvolvida especificamente para determinada finalidade. Esses novos produtos são conhecidos como adesivos “universais”.

Há consenso de que os adesivos dentinários são os biomateriais usados nas Ciências da Saúde que mudam seus nomes comerciais com mais frequência – o que acaba dificultando a atualização profissional e, inclusive, a decisão sobre qual adesivo utilizar nos pacientes.

Jorge Perdigão
Cirurgião-dentista

É sobre essa novidade que Jorge Perdigão, cirurgião-dentista que atua como professor titular na Universidade de Minnesota (Estados Unidos), vem falar no 34º Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo, que acontece de 27 a 30 de janeiro de 2016 , no Expo Center Norte.

Nos últimos 30 anos, foram lançadas várias ‘gerações’ de adesivos dentinários. “Há consenso de que os adesivos dentinários são os biomateriais usados nas Ciências da Saúde que mudam seus nomes comerciais com mais frequência – o que acaba dificultando a atualização profissional e, inclusive, a decisão sobre qual adesivo utilizar nos pacientes”, destaca.

O especialista explica que existem, hoje, mais de dez adesivos universais à disposição no mercado odontológico – o que implica em diferentes desempenhos para cada um deles. “Em parceria com um grupo de pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Paraná), liderado pelos professores Alessandro Loguercio e Alessandra Reis, tivemos o cuidado de estudar, analisar e comparar cada produto disponível no mercado, optando por um uso que alcance melhores resultados clínicos”, diz Perdigão.

“Sendo assim, recomendamos aos cirurgiões-dentistas aplicar vigorosamente o produto no esmalte ou dentina. Já o tempo de secagem com jato de ar deve ser maior do que o geralmente indicado nas instruções, chegando a 15 segundos. Apesar de ser opcional, a aplicação final de uma camada extra de resina sem solvente protege ainda mais a dentina e garante maior durabilidade ao tratamento. Um dos grandes ganhos profissionais é a versatilidade do produto, que facilita a conduta do cirurgião-dentista e, quando utilizado de acordo com nossas sugestões, pode aumentar a segurança do procedimento adesivo restaurador na dentina”, conclui.

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